Músicas e suas Histórias

Relaxe, reflita e conheça nossa Brasilidade

Década: 1960 a 1969

Nome da Música: Vem Quente que estou Fervendo  - 1967

Nome e histórico do Compositor:  Eduardo Araujo

  

  

Eduardo Oliveira Araújo nasceu em Joaíma interior de Minas Gerais em 1942. É cantor e compositor brasileiro que integrou a Jovem Guarda e estourou com o hit "O Bom", canção gravada em 1967.

Filho do fazendeiro Coronel Lídio Araújo. Na infância, seus ídolos eram Luiz Gonzaga e Pedro Raimundo. Na adolescência, Eduardo se deixou influenciar pelo rock and roll.

Em 1958, participou da banda "The Playboys".

Em 1960, ainda em Belo Horizonte foi considerado “O REI DO ROCK DE MINAS GERAIS”.

Em 1960, Eduardo se mudou para o Rio de Janeiro para estudar veterinária e passou a se apresentar no programa de televisão Hoje É Dia de Rock.

Eduardo participou do Clube do Rock ao lado de Roberto Carlos, Erasmo Carlos, Tim Maia e Renato e seus Blue Caps. Tinha também ligação especial com o produtor, compositor e apresentador Carlos Imperial.

Em 1967, após gravar os The Fevers e assinar um contrato com a TV Excelsior, gravou dois de seus maiores sucessos, as canções, "O Bom" e "Vem Quente Que Estou Fervendo" (gravada anteriormente por Erasmo).

Do mesmo modo que Erasmo Carlos e Carlos Imperial, Araújo ostenta uma postura de rebeldia, investindo contra o puritanismo, a moral e os bons costumes da família brasileira tradicional. Sua imagem artística é planejada para rivalizar com os “bons-moços” Roberto Carlos, Jerry Adriani e Wanderley Cardoso.

É influenciado pelo seu ídolo o cantor norte-americano Elvis Presley, especialmente no visual, nos trejeitos e na performance vocal.

Eduardo assinou contrato com a TV Excelsior para apresentar o programa "O Bom", ao lado de Sylvinha, com quem se casaria em 1969.

Em 1968, tornou-se um dos precursores do soul music no Brasil, ao gravar o álbum A Onda é Boogaloo, produzido por Tim Maia.

Soul Music é um gênero musical popular que se originou na comunidade afro-americana dos Estados Unidos nos anos 1950 e no início dos anos 1960. Combina elementos da música gospel afro-americana, com o blues e jazz

Na década de 70, gravou o que ele considera, um dos seus melhores trabalhos musicais: o LP Pelos Caminhos do Rock.

Na década de 80, após ficar cinco anos sem se dedicar a carreira musical, compôs uma canção em homenagem ao cavalo Mangalarga Marchador.

Em 1980 grava o disco Amazônia, mostrando a sua preocupação com a natureza.

Em 1981, o LP Rebu geral lançado pela Fermata, traz canções de cunho social.

Em 1983, Eduardo Araujo lança Meu Caminho é De Luz e Amor.

Em 1985, o LP Nunca deixe de sonhar

Em 1988 lança o LP Um Homem Chamado Cavalo.

Nos anos 90, apresentou dois programas de televisão, Pé na Estrada (exibido pelo SBT) e Brasil Rural (exibido pela TV Bandeirantes).

Em 1997, gravou o álbum Pó de Guaraná em Nova Jersey.

Nos anos 2000, passou a dedicar-se a gravadora Number One, fundada por ele em parceria com Sylvinha. Em 2007, lançam um DVD comemorativo dos 40 anos da Jovem Guarda, cuja divulgação foi interrompida com a morte de Sylvinha em 2008, vítima de câncer de mama, o que abalou profundamente Eduardo.

Em 2011, passou a fazer parte do Cast da produtora SOS Sertanejo, onde seu primeiro trabalho foi a gravação com a Banda do Exército Brasileiro, as músicas de sua autoria: "Homem do Campo" e o "Hino Manga Larga Marchador".

Em 2012, casou-se com a empresária e Advogada Tânia Meirelles.

Em 2013, lança mais um álbum o CD Lado a Lado.

Em 2014, gravou o DVD 50 anos de carreira, com participações de Sérgio Reis, Renato Teixeira e Victor & Leo e outros artistas. Em 2015, lançou um CD com as canções do DVD comemorativo aos 50 anos de carreira musical.

Em 2017, publica o livro Pelos caminhos do rock: Memórias do Bom pela Editora Record.

Um dos pioneiros do rock nacional, Eduardo Araújo sempre foi um homem ligado ao campo, até porque nasceu em fazenda. “Sempre conciliei a carreira com esse meu lado de criador de cavalo. Já gravei discos de rock progressivo, psicodélico e soul music, produzido inclusive pelo Tim Maia. Pra não fugir do rock, passei a cantar country rock”, conta ele, que lançou cerca de 30 álbuns.

   

Histórico da letra da Música

   

A voz rouca e encorpada de Eduardo Araújo já ecoava pelos campos da fazenda de seu pai em Joaíma, no interior de Minas Gerais, desde muito cedo, e logo o fez perceber que a carreira de veterinário talvez não fosse a melhor opção para sua vida. Partiu então em busca de outras terras e resolveu cavalgar pelas notas e acordes dançantes de um ritmo novo que surgia com força e ousadia no cenário musical brasileiro: a “Jovem Guarda”.

Vem quente, que eu estou fervendo

Eduardo Araújo & Carlos Imperial

Uma ocasião, ao discutir um impasse numa transação de gado, seu irmão Lívio, que é muito espirituoso, disse para o comprador: “Para a gente fechar o negócio vou tirar umas tantas cabeças e fazer o preço. Se a proposta lhe convier, pode vir quente que eu estou fervendo.” Imediatamente, Eduardo sentiu que a frase dava música e começou a compor o refrão, deixando a segunda parte para o parceiro Carlos Imperial.

Um letrista razoável, atento aos modismos e com o faro do sucesso, mas, sobretudo, figura de grande importância no processo de popularização do rock no Brasil — participou de uma infinidade de programas de rádio e televisão e ajudou na iniciação profissional de vários artistas, inclusive Roberto Carlos.

       

Música Pode Vir Quente Que eu Estou Fervendo Tocada e Cantada

 

Tom: F

Intro 2x: Dm  F  Bb A7


     Dm         F

Se você quer brigar

    Bb        A7            Dm   F  Bb  A7

E acha com isso estou sofrendo?

         Dm      F

Se enganou meu bem,

             Bb            A7

Pode vir quente que eu estou fervendo!


         Dm          F

Mas se você quer brigar

    Bb        A7             Dm   F Bb7  A7

E acha com isso estou sofrendo?

         Dm      F

Se enganou meu bem,

           Bb            A7          Dm

Pode vir quente que eu estou fervendo!


 G

Pode tirar seu time de campo,


O meu coração é do tamanho de um trem


Iguais a você,


Eu apanhei mais de cem

           A7

Pode vir quente que eu estou fervendo!


     Dm         F

Se você quer brigar

     Bb     A7             Dm   F  Bb  A7

E acha com isso estou sofrendo?

         Dm      F

Se enganou meu bem,

            Bb             A7          Dm   F

Pode vir quente que eu estou fervendo!

           Bb                     A7   Dm

Pode vir quente que eu estou fervendo!


Aaah, nem vem que não tem!

  G

Pode tirar seu time de campo,


O meu coração é do tamanho de um trem


Iguais a você,


Eu apanhei mais de cem

             A7

Pode vir quente que eu estou fervendo!


         Dm          F

Mas se você quer brigar

    Bb      A7             Dm   F  Bb  A7

E acha com isso estou sofrendo?

         Dm      F

Se enganou meu bem,

            Bb           A7

Pode vir quente que eu estou fervendo!


          Dm         F

Mas se você quer brigar

   Bb        A7             Dm   F  Bb  A7

E acha com isso estou sofrendo?

        Dm       F

Se enganou meu bem,

           Bb             A7       Dm

Pode vir quente que eu estou fervendo!

          Bb7            A7         Dm  F

Pode vir quente que eu estou fervendo!

           Bb7            A7        Dm

Pode vir quente que eu estou fervendo!

Vem Quente que estou Fervendo (Eduardo Araujo) - 1967

Paulo Arruda

26/09/2020

Décadas​​

Engenheiro apaixonado por música e cinema, comecei em 2020 o projeto para levar a história da música e seus compositores para todo o Brasil . Leia mais sobre o autor.​​

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